domingo, julho 15, 2007

weekend stories



















Confesso que hoje, Domingo, já me encontro a sofrer do stress antecipado do regresso ao trabalho. Acho que estou a atingir uma saturação muito grande, que me deixa num estado de ansiedade permamente e nem mesmo ao fim-de-semana consigo relaxar. Acho-o sempre demasiado pequeno, demasiado rápido, demasiado curto, mesmo que o tenha preenchido e ocupado.
Na sexta-feira à noite rumámos até à Ericeira. Eu ando necessitada de sol e praia e por isso, lá convenci o C. a irmos passar lá a noite e todo o dia de Sábado, trabalhando para o bronze e para o dolce fare niente. Assim foi. Aproveitámos o facto de os meus sogros estarem cá em baixo, para jantarmos todos juntos e, no dia seguinte, acordámos tarde, fomos até à vila tomar café, comprar o jornal e claro está, comer um fantástico queque de chocolate na 'Casa dos Queques' - um verdadeiro delírio gustativo e visual para todos os gulosos que como eu, querem comer, provar e trazer tudo e seguimos para a nossa praia de sempre, S. Lourenço.
O dia de praia esteve maravilhoso. Não corria uma brisa, o sol esteve sempre descoberto e as horas passaram com a languidez própria do espírito. No final do dia esperáva-nos um jantar com esta menina e seu respectivo esposo. No Siesta, porque todos gostamos muito de comida mexicana, das suas cores e de margaritas, sejam elas de limão ou de morango. Por isso, rumámos novamente até Lisboa para estar à hora marcada, ali, naquele passeio marítimo junto ao Tejo, em tarde de Verão à beira-rio. Ficámos na conversa até tarde, falámos das férias deles e das nossas, de trabalho e recordámos histórias. Foi bom. Despedimo-nos com beijos e abraços e seguimos para o cinema, para a sessão da meia-noite, para ver o novo filme do Harry Potter, do qual o C. é grande fã. Eu confesso que li os primeiros três livros, e vi os três filmes, por isso, este Harry Potter e a Ordem de Fénix era uma autêntica novidade para mim, a qual lamento dizer, eu não fiquei a morrer de amores. Não sei se foi do sono, do rapaz que se sentou ao meu lado e que 'ruminou' literalmente, um balde gigante de pipocas durante todo o filme, eu simplesmente não via a hora de sair dali e ir para casa. Eu sei que fico rabujenta com o sono e que às duas e meia da manhã eu já só queria a minha cama, mas juro que estive quase para explodir de raiva. Eu não sou anti-pipoca no cinema, mas tal como com os telemóveis, há que ter o mínimo de respeito pelas pessoas que estão sentadas ao nosso redor e que não têm de gramar com os nossos barulhos de mastigação ou com o som da mão a remexer no fundo do balde! Ainda para mais quando todo o filme foi soturno, silencioso e meio parado. Lá me contive e mal cheguei a casa e caí à cama, adormeci profundamente.
Hoje acordei com uma mensagem às oito e meia da manhã! (quem me manda a mim dormir com o telemóvel ligado??) Era a Cátia, acabadinha de chegar do Brasil, passou aqui por casa para vir buscar o carro que tinha ficado na nossa rua e deixou-me uma lembrança - uns brincos lindos -vindos directamente de Pipa para as minhas orelhas! :)
O C. foi trabalhar, por isso passei o resto do dia entretida com uma ideia que decidi dar forma. (mas depois quando a tiver preparada, falo sobre ela). Amanhã, para além de ser dia de trabalho, é dia de ir marcar as férias. A ver se é desta que nos decidimos.
p.s. - Comecei a ler na praia um livro da Laurinda Alves, 'Atitude Xis' - é leve, realista, poético, dócil e feminino - escrito sob a forma de pequenas crónicas e pensamentos, onde a sua visão sobre a vida, a família, os amigos e os outros, quase me soou familiar. Identifiquei-me bastante com o tipo de livro e com aquilo que li e cada vez acho mais, que aquilo que sinto, penso e faço, se calhar, mas só se calhar, podia ser dito assim, tal como li. Se é que não é já...


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