quarta-feira, outubro 12, 2016

mãezite aguda

Por causa da minha operação às duas pernas e o repouso que seria necessário para a minha recuperação ser bem sucedida, optámos por não ter os miúdos na semana em que fui operada e nos dias que se seguiram. Isso permitiu-me descansar bastante e recuperar dos cortes e pontos que levei, já que as indicações médicas passavam por não fazer esforços, carregar pesos, subir ou descer escadas, não conduzir e muito repouso e isso, com duas crianças, é quase impossívél. 
Se por um lado recuperei como pretendido, por outro, quando os miúdos regressaram a casa, tenho sido o centro das atenções de ambos - já que ambos estavam carentes de mãe. A Madalena, como mais velha, quer basicamente mimo, atenção e abracinhos, enquanto que o Afonso quer apenas e só a mãe para tudo! Basta sair do seu campo de visão para começar num pranto. Tem de ser a mãe a andar com ele ao colo mesmo que em casa, tem de ser a mãe a vestir, tem de ser a mãe a adormecer, tem de ser a mãe a mudar a fralda, tem de ser a mãe a dar de comer... Ainda bem que descansei antes!
O regresso à escola também não tem sido nada fácil. Este ano escolar a equipa educativa que acompanhou o Afonso durante o seu primeiro ano de creche mantém-se inalterada, a educadora é a mesma e as auxiliares também, mas mudou de sala e a dinâmica está diferente. De manhã, até às 9h00, a sala dele é a que funciona como "ponto de entrega" de todas as crianças do infantário, o que significa que há sempre imensa confusão, barulho e caras que ele não conhece, repetindo-se o mesmo ao final do dia, onde a partir das 17h30 volta a ser o ponto de "recolha" e o aglomerado de todas as crianças que ficam na creche até mais tarde. O tempo de sono também é diminuto e ao final do dia ele está sempre super cansado, birrento e muito rabugento. 
Eu sei que a partir de agora será assim e que cabe a ele saber aceitar essa transição e adaptar-se, mas estes dias em que tenho estado em casa e o levo mais tarde para a escola e o vou buscar mais cedo do que o habitual, bom, fazem-me pensar que num mundo ideal, o meu filho não estaria quase 12 horas num único espaço e que eu poderia desfrutar muito mais desta fase tão deliciosa dele - em que já anda, fala e faz imensas gracinhas - que nos deixam a todos super bem dispostos e divertidos - e em que seríamos muito mais felizes...

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