domingo, fevereiro 05, 2006

prazeres do nada


Se há coisas que gosto de fazer ao fim-de-semana é acordar tarde, sem tempo nem pressas, deixar-te ainda quente na cama, descer as escadas em bicos dos pés, devagarinho, quase silenciosa - só quebrada pelos miados insistentes da gata que vibra de alegria por finalmente ter companhia - e entre o sol que invade a sala quando se puxa o estore e a languidez da preguiça, deixar-me insurgir pelo entusiasmo de não ter de sair à pressa como num vulgar dia da semana.
Os pequenos prazeres do fim-de-semana são feitos de sumo de laranja e croissants, de individuais de palhinha e canecas do Miró, de leitura do jornal a dois, de pastéis de nata e cheiro a café acabado de fazer, de mesa farta com torradas de requeijão com doce de abóbora e mantas no sofá.
Sem eles o meu Sábado não sabe a Sábado, nem o Domingo a Domingo, sem eles é como se todos os dias continuassem a não ser diferenciados e iguais a todos os outros, sem eles não sei, nem sinto, que estou de fim-de-semana. E é por isso que eu gosto destes pequenos prazeres da vida. Porque a enchem de sentido.


E fazendo minhas as palavras que o meu amigo Rui dizia hoje, 'gostava que amanhã chovesse para a minha alegria ficar completa'.

ah, e pregadeira a 7€. Alguém a quer adoptar?

1 comentário:

Anónimo disse...

Aceitas encomendas?Sera que posso ser eu a adopta la? (mnh@sapo.pt)