A vida hoje ensinou-me que nada se pode dar por garantido, que 'nunca' é uma palavra forte demais, que às vezes, o destino dá mostras de que afinal as coisas não são por acaso e que há algo mais forte que nós que de alguma forma mexe os peões lá de cima, como se fossemos simples figuras de xadrez neste grande tabuleiro que nos serve de palco.
Hoje voltei a encontrar-te, a ti, uma amiga perdida. E gostei, gostei muito, muito mesmo. No momento em que falámos tive vontade de te contar tudo aquilo que o tempo nos levou e que as circunstâncias afastaram. Relembrei a altura em que eras não só a minha melhor amiga, como a minha confidente e hoje, apesar de saber que houve muita mágoa e que a nossa amizade acabou da pior maneira, hoje senti que até podíamos ultrapassar tudo isso e começar de novo. Uma nova Mafalda, uma nova S., uma nova história... como se uma borracha tivesse apagado a parte errada, ou como um filtro, que apenas deixa ficar as coisas boas e que elimina as más, como se nem tivessem chegado a existir.
Encontrar-te após tantos anos, ter uma resposta tua e hoje falar contigo, saber que és mãe, que te casaste, que estás bem, foi um pequeno momento que iluminou o resto do meu dia. Senti-me feliz. Tudo me parecia mais leve, com mais sentido. Tive vontade de te ver, de te abraçar, de sentar-me contigo no café, de que me fizesses um desenho... aqueles mesmos desenhos que tanto me faziam rir. Às vezes encontro pedaços de ti em velhos cadernos, blocos ou fotos e sorrio. Sempre desejei de certa forma saber como estavas. Hoje deste-me essa oportunidade.
Obrigada.
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