terça-feira, dezembro 18, 2007

Do fim-de-semana


















Com tantas coisas que têm acontecido, esqueci-me de actualizar o post sobre o fim-de-semana em que o C. fez 30 anos. No Sábado o dia estava solarengo mas frio, e por isso, decidimos ir passear até Cascais e experimentar o Sushi Guia que foi uma estreia para ambos. A vista privilegiada de mar, a falésia, a decoração do espaço, ou até mesmo, as árvores centenárias que fazem parte dos jardins da Casa da Guia, tudo me pareceu perfeito, até à altura em que entornei, por duas vezes, molho de soja por toda a minha blusa branca coroando-a de 'medalhas'... A rematar, uma bela taça de gelado de feijão com morangos flambeados, de se comer e chorar por mais.
No dia de aniversário do C. tinha em mente a noite. Parece contraditório, mas a razão tinha um forte motivo: uma pequena festa surpresa com todos os amigos, no bar de jazz as Catacumbas, no Bairro Alto. Andámos a semana toda a matutar 'no que é que havemos de fazer', para depois, à última da hora, conseguirmos arquitectar um plano que o levasse até aquele sítio para ser surpreendido por todos. Não foi difícil devo confessar. A meio da tarde disse com um ar nostágico, 'apetecia-me ir jantar ao Põe-te na Bicha, no Bairro' e ele, rapidamente, fez-me a vontade. Já no restaurante, voltei a fazer outra sugestão: 'Podíamos dar um saltinho ali às Catacumbas e ir tomar um copo, já há tanto tempo que não vamos lá...' e ele, voltou a morder o isco. Foi assim o dia todo. As pessoas ligavam e ele dizia: 'Epá, logo vamos tomar um copo?' e todos, sem excepção, lhe deram nega, conspirando neste plano diabólico que era 'deixá-lo sem companhia no dia de anos'. Confesso que houve uma altura em que tive mesmo pena dele. Estava bastante cabisbaixo, às tantas queixou-se: 'Fogo, ninguém pode' e eu lá tive de fazer o papel da mulher velhaca: 'então, devias ter combinado tudo mais cedo...'
O esforço valeu a pena. Chegámos às Catacumbas e conseguimos surpreendê-lo. Teve direito a bolo com 30 velinhas e tudo. Cantámos os parabéns, rimos bastante e a expressão dele estava mais leve, menos carregada.
Agora, quem o quer ver é agarrado ao novo brinquedo... que eu, feita tonta, lhe fiz questão de oferecer: a playstation portable.
Ele fez 30 é certo, mas continua a comportar-se como um miúdo.

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