quinta-feira, dezembro 27, 2007

nepalês - jantar de Natal

Para aliviar um pouco a pressão natalícia e porque os amigos, os verdadeiros, são como se fossem família, decidimos juntarmo-nos ontem, no rescaldo da festa, para um jantar convívio seguido de troca de prendas e amigo secreto. O local escolhido foi um nepalês que costumamos frequentar pelo menos uma vez por ano – o ano passado celebrei lá o meu aniversário – em Alcântara. O ambiente é pequeno mas acolhedor, o senhor nepalês (julgo eu que seja nepalês) que nos serve, é sempre bastante simpático e extremamente prestável e a mesa que nos calha, é quase sempre a mesma, por ser precisamente a mais comprida e aquela que fica próximo do balcão e de passagem para as casas de banho lá do sítio. Geralmente deliciamo-nos todos com as chamuças e o cheese nan que pedimos nas entradas. Para mim, é mesmo o melhor do jantar, se bem que o batido de manga também não estava nada mal. Já o R. é fã dos cigarros indiano/nepaleses com que nos brindam no final da refeição – perante recusa de todos, que simplesmente os abominam – a mim então dão-me uma azia que nem a digestão faço direito. Já ele, contente e satisfeito, aproveita para comprar logo dois ‘packs’, a um euro cada, que lhe duram uma eternidade. O restaurante abarrotava de gente, o que me faz deduzir, que todos devem ter tido a mesma ideia que nós e procurado algo exótico que fizesse esquecer as calorias e fritos dos últimos dias. (a minha cara é bem mostra disso, com borbulhas gigantes a quererem mostrar toda a sua força e pujança!) Falámos sobre o Natal e o Ano Novo, com algumas sugestões que não me agradaram, pelo que, suponho que, ou ficarei por casa, ou adquiri gostos demasiado requintados (e burgueses) que já não acompanham os demais. Também há a hipótese de estar demasiado cansada para grandes festanças – acho que é mesmo mais isso…
Recebi um livro de máximas, para ler com calma e reflectir sobre uma série de coisas, já eu, dei ao meu amigo secreto, um conjunto de chávenas do Gato Preto, lindíssimas, com efeitos de art-deco, numa caixa preta com arabescos brancos, que me foram baratíssimas. Confesso que até eu gostava de ter umas para mim. Cheguei a casa passava da meia noite, cansada, com sono e desesperada por não encontrar lugar onde estacionar no bairro! (mas será que ninguém foi de férias nesta altura?) Hoje, ainda dei um pulinho ao shopping para ver se as lojas do costume já estavam de saldos, mas além de isso ainda não ter acontecido, tive o azar de, em todas as lojas que entrava, despertar os alarmes, fazendo com que fosse o centro dos olhares de toda a gente e corando de vergonha. Afinal, descobri que a razão de semelhante engano era um cachecol que ‘roubei’ ao C. hoje de manhã, e que pelos vistos, ainda deve ter um código de barras qualquer activado, apesar de já não ser novo. Resignada com a minha sorte, desisti da saga de ‘lamber lojas à hora do almoço’ e fui, juntamente com uma colega, tomar café à esplanada da rua e apanhar um pouco de sol. Ao menos ali, não tinha de abrir a mala para provar a minha inocência, nem disfarçar o rubor que me subia pelo rosto.
Máxima do dia: Roubar o que quer que seja - mesmo que do marido - dá sempre mal resultado.





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