terça-feira, julho 24, 2012

post sobre como a lei da gravidade não é mulher apesar de ser feminina


No último ano envelheci. Ok, eu sei que é natural isso acontecer, envelhecemos todos os dias, mas o que quero dizer em concreto é que no último ano, face a todos os problemas e adversidades com que me deparei, envelheci bastante e isso é visível no meu rosto. Eu pelo menos noto e não gosto e sempre que me vejo em fotografias e afins, tenho vontade de fugir a sete pés perante a minha figura.
Não é que me importe de ficar mais velha, mas chateia-me à brava ter 33 anos e achar que pareço mais velha do que sou na realidade. Quando era mais nova achava muita piada as pessoas darem-me mais idade do que aquela que tinha e o ter 14 mas aparentar 18 era algo bom, que aspirávamos "a", o mesmo acontecia na casa dos vintes. Ora, aos 30 isso já não tem tanta piada, acordar com umas olheiras como nunca tive e que só consigo disfarçar à base de corrector não é giro! Fazer papada debaixo do queixo, ou ter pequenas "almofadinhas de carne" a sairem-me do sutiã e junto às axilas, não é giro! Ter o rabo como uma gelatina treme-treme não é giro! Ver a pele perder firmeza não é giro! Passar a vida a lutar contra a balança - quando nunca me importei com isso - e a pensar duas vezes no que devo ou não comer, não é giro! Ter as pernas cheias de celulite e derrames (coisa tão boa herança genética da parte da mãe), não é giro! Ter a barriga cheia de estrias e flácida após uma gravidez, não é giro!
Podia continuar a desfiar o rol de mazelas, mas vou-me abster de contabilizar desgraças. Por mais que me digam ou leia nas revistas desta vida "ah e tal, aos 30 estamos mais seguras e sabemos aquilo que queremos e estamos no nosso auge", soa-me sempre a conversa para boi dormir a frases bonitas que servem para nos consolar quando a lei da gravidade trabalha contra nós a todo o vapor.  Sim, podemos estar no nosso auge porque entretanto adquirimos experiência de vida e crescemos, refinámos gostos e já não vamos em modas e cantigas que não passam de tendência, mas se não nos cuidarmos e fizermos sacrifícios, fecharmos a boca, andarmos no ginásio ou praticarmos desporto como se não houvesse amanhã  - e ainda completarmos com uns tratamentos estéticos à mistura - não há boa genética que nos valha.  E eu, como não faço nada disso, ando a ressentir-me em grande e odeio, odeio mesmo, quando leio nos artigos da imprensa desta vida que "os 30 são a melhor fase da vida de uma mulher"... puuff. Volto a dizê-lo, balelas.
Os meus estão a ser do mais puxadinho que há e o meu corpo o seu maior registo. Deem-me os meus  "vintes" de volta - com toda a sua frescura, leveza (e firmeza) - que eu não me importo nadinha. Trocava na hora. (Mas levava a minha filha comigo)

1 comentário:

Seni disse...

Pois a lei da gravidade não perdoa. Eu costumo dizer que não há mulher feias, há mulheres pobres. O meu caso é mais o segundo, 10000 euritos e ficava um "avião" :D