quinta-feira, julho 02, 2015

Mãe de primeira e segunda viagem


Não há comparação entre ser mãe de primeira viagem e de segunda na forma de fazer e lidar com as coisas. Na segunda volta tudo é mais fácil - mesmo que não seja, ou mesmo que tenhamos mais coisas para fazer e lidar - mas o saber de experiência feito faz com que encaremos de novo a logística e as tarefas e responsabilidades de ter um bebé pequeno novamente em casa, de uma forma muito mais fácil e prática. As ansiedades dão lugar a certezas e todos os pequenos sons, dúvidas ou questões que nos afligem na primeira "volta" são agora encaradas como 'normais', transmitindo-nos calma e, acima de tudo, sabedoria. Mesmo quando estamos cansadas ou no limiar das forças, mesmo quando temos sono, mesmo quando queremos ter 5 minutos para nós (nem que seja para tomar banho), tudo é mais fácil e a logística do tempo aparece de forma natural e muito mais organizada. E isso é bom. Dá-nos segurança, deixa-nos tranquilas na nossa gestão de pequenas coisas do dia-a-dia e tudo flui de uma forma muito mais natural e harmoniosa. Não é que na primeira volta as coisas também não possam ser assim, claro que podem. Lembro-me de que tive momentos muito bons quando a Madalena era igualmente pequenina e recém-nascida, mas também me lembro (mesmo que já tenha sido quase há 7 anos), que vivia tudo de uma forma mais ansiosa e com dúvidas. Lembro-me até de questionar se os sons que ela fazia a dormir eram normais, ou de como o dar-lhe banho nos primeiros dias me fazia confusão por ela ser tão pequena. Agora é simples e não deixa de ser incrível como, seis anos depois, volto a fazer as coisas com uma facilidade e lembrança que não foram erradicadas do meu cérebro. Ainda continua tudo presente e inato nos gestos, na forma de fazer as coisas, no instinto. E isso é tão bom. Claro que ajuda ter um  bebé calmo que praticamente só chora para comer, o que contribui para a harmonia familiar e para que todos se sintam tranquilos - tirando alguns episódios de ciumeira da mais velha, mas sobre isso falarei mais tarde sobre os mesmos. Por agora, aproveitamos todos os bocadinhos com este "pequeno homenzinho" de sobrolho carregado, mas de bom feitio. 

2 comentários:

Olga disse...

Verdade verdadinha ;) :)

Anónimo disse...

E a sua filha? Que tal tem-se "portado" com a presença do bebé? Tem ajudado, colaborado ou demonstra alguma ciumeira?