domingo, maio 20, 2007

Os cavalos a correr, as meninas a aprender...




















Ainda as férias. O regresso ao trabalho tem sido calminho, mas tem custado muito!!! Ao que parece a semana em que estive de férias foi bastante ‘movimentada’. Desde produções, reuniões, discussões, houve de tudo aqui nesta agência… até cenas de choro cheias de melodrama à mistura. (do que eu me livrei!) Agora, há uma série de pessoas que não se falam e reina uma ‘paz podre’, rodeada de cochichos e burburinhos. E eu, que nem sequer estive cá, nem sou dita nem achada, não presenciei, não sei realmente o que aconteceu, quase que acabo por ‘apanhar por tabela’, pois como trabalho com uma das pessoas que estiveram directamente envolvidas na discussão, sou automaticamente considerada ‘uma delas’ pela restante parte! (haja paciência!!!) Mas como eu, e mais uma vez o digo, não sou dita nem achada nesta história, ajo como se não soubesse de nada, porque efectivamente não sei, não vi, não presenciei, logo, não tenho opinião formada e falo com toda a gente, sem tomar partido de ninguém. Cresçam por favor e então depois, falamos! Depois do desabafo e voltando à temática férias, a semana passada, fomos andar pela primeira vez a cavalo. Perto do sítio onde estávamos hospedados e seguindo uma sugestão do Sr. Amílcar, decidimos dar um saltinho até ao Centro Equestre do Mezio, para uma voltinha a cavalo pela Serra do Gerês. Confesso que de início estava nervosa e arrependida de ter alinhado na ideia do C.. Os cavalos assustam-me um pouco e estava receosa que o meu sentimento de medo fosse perceptível ao bicho. Porque os animais pressentem estas coisas. O João, o nosso guia, foi super simpático e acessível. Como era a primeira vez que montávamos, escolheu duas éguas calminhas e dóceis, para garantir que não havia problemas. Eu fiquei com a ‘Faísca’, uma égua da raça ‘garrana’, típica daquela zona, que de vez em quando me ‘testava’, parando para mordiscar arbustos, ervas e beber água, ou desviar-se dos trilhos, enquanto eu segurava as rédeas com força e mostrava determinação em não me deixar domar por ela. ‘Tem de mostrar quem manda’, dizia-me o João. E eu entendi a mensagem e a coisa correu bem, apesar de haver alturas em que ela era teimosa e fintava o pé. Subimos até ao alto da serra, sempre em marcha lenta, num dia de sol abrasador (as temperaturas rondavam os 30º) e pudemos desfrutar de um silêncio magnífico, de um verde transbordante e de ver em pleno habitat natural, cavalos e gado selvagem, de ver inclusive potrozinhos de poucas semanas e até, de apreciar uma pedra com pinturas rupestres. Foram duas horas de ‘cavalinho’, que me deixaram toda dorida nas pernas e coxas. A minha sela pregou-me algumas partidas - ora estava torta, ora larga - o que me causou algum desconforto durante a viagem, mas acabou por correr tudo bem. A descida da serra deixou-me mais melindrada. É que estar em cima de um cavalo é realmente imponente e a queda, se a houver, deve ser grande! E esse pensamento nunca me saiu da mente o tempo todo. Na descida é necessário colocar os ombros direitos e inclinar o corpo ligeiramente para trás, proporcionando tracção ao animal e nessa altura, tive medo de ir eu e o cavalo, a rebolar pela serra abaixo.
Já o C., por outro lado, adorou! Parecia um verdadeiro latifundiário a passear pelas suas terras! Tirava fotos, ria-se da minha figura e foi na ‘maior’ o tempo todo! Tivemos ainda a sorte de irmos num dia em que havia 50% de desconto no preço dos cavalos, e assim, em vez dos 40€ que pensávamos que íamos ter de desembolsar, pagámos apenas 20€! Uma verdadeira pechincha para duas pessoas andarem em plena serra durante duas horas! (compensa mesmo). O Centro Equestre do Mezio merece uma visita. Possuem além dos passeios a cavalo, caminhadas pela serra, percursos de exploração de um, dois e três dias, e até, passeios a pé ou a cavalo pela serra em noites de lua cheia! (mas para mim, este tipo de aventura já é demasiado excessivo, confesso)Depois de na minha infância já ter andado de burro e até de ponéi, só faltava mesmo o cavalo para a evolução estar completa. Foi giro, gostei, mas fiquei a sentar-me torto durante mais de 3 dias…

2 comentários:

Anita disse...

Na nossa lua-de-mel eu e o L. também experimentá-mos pela primeira vez andar a cavalo, experiência que confesso não ter vontade de repetir, fiquei com o corpo todo dorido e uma valente dor de costas.
É um animal muito bonito, mas que impõe grande respeito quando olhamos para baixo e imagina-mos a queda. O L. adorou e repetiu várias vezes já eu preferi ficar só a olhar.

Mafalda disse...

acho que és cá das minhas ;) **
beijo grande