quarta-feira, agosto 08, 2007

De regresso (suspiro)



















Regressámos de Amesterdão, essa cidade fantástica que nos deixou completamente apaixonados por esse país incrível que é a Holanda. Nunca pensei ser tão surpreendida pela positiva! Quando decidimos o destino de férias, eu confesso que estava mais inclinada para uma semana de papo para o ar sem fazer nenhum, do que propriamente umas férias activas e culturais, cheias de aventura e actividades, mas valeu bem a pena!
Amesterdão é uma cidade fascinante, livre, romântica, apaixonada, rica, cheia, enfim... não consigo encontrar os adjectivos certos para descrevê-la. Viemos de tal forma impressionados com o que vimos e o que vivemos, que estamos seriamente a pensar em ir viver para lá. Além de ter uma arquitectura maravilhosa, com os seus prédios de fachadas inclinadas que parecem estar prestes a desabar, com grandes salas de tectos trabalhados e janelas enormes que deixam qualquer um com o seu voyeurismo nos píncaros, a cidade é ainda adornada pelas centenas de canais e pontes, rodeados de árvores, de água e de verde, muito verde. Tudo junto, temos uma tela rica e cheia de pormenores magníficos, adornada pelas flores que se encontram em cada esquina, em cada prédio, em cada janela, em cada umbreira de porta. Não é à toa que provêm da Holanda alguns dos melhores mestres da pintura impressionista, como Van Gogh. Com tamanha inspiração, até eu fazia coisas bonitas...
Não tinha uma tela, mas tinha uma câmara, que fotografou loucamente tudo o que via, tudo o que sentia, tudo o que me fazia vibrar. São tantos os pontos por onde o olhar é atraído, que é impossível fazer justiça a tudo quanto nos entra pelos olhos. As bicicletas são aos milhares. Cruzam-se a uma velocidade louca pelas ruas e pontes da cidade, muitas vezes fintando-nos e fazendo com que nos sintamos num verdadeiro jogo do gato e do rato. Nelas podemos ver executivos de pasta na mão, senhoras com crianças de tenra idade, jovens a falar ao telemóvel, todos sem excepção as utilizam como o transporte diário naquela cidade plana e contruída em cima de pilares. Imbuídos pelo espírito bike, decidimos dar uma de 'em Amesterdão, sê holandês', e vaí daí, alugámos umas bicicletas para experimentar a sensação do pedal. O resultado? A música do 'Verão Azul' foi a banda sonora escolhida enquanto pedalávamos pelas avenidas e ruas da cidade.
Tivemos ainda oportunidade de passear de barco pelos canais, assistir à parada Gay (o primeiro fim-de-semana de Agosto é a festa gay da cidade, que se encheu de milhares de pessoas de todos os tipos e feitios -literalmente), de visitar os verdes campos holandeses ou Windmills - onde pudemos ver os gigantescos moínhos holandeses em funcionamento em Volendam, ou até, de experimentar as típicas socas de madeira numa fábrica onde pudemos vê-las a serem construídas - e ainda, de visitar uma comunidade protestante (Beatrixburg), uma fábrica de queijos (Henri Willig), uma vila piscatória (Waterland) e de navegar de barco até à ilha de Marken. Passeámos ainda pela famosa zona do Red Ligth District, experimentámos as típicas Coffee Shops, visitámos museus, entrámos dentro de uma casa barco e andámos à chuva, porque até isso eu gostei de Amesterdão - o seu tempo de ceú cinzento e chuvoso. Decididamente, esta cidade é a minha cara!
Tudo isto em apenas cinco preenchidos dias, onde dormimos pouco e andámos muito, àvidos de não deixar metro quadrado em branco e esquecido.
Prometo nos próximos posts falar e mostrar tudo quanto me lembre.
Quanto às fotos, podem ver uma boa amostra, no sítio do costume.*


2 comentários:

Gatinha disse...

É bom ler um post assim, também fiquei com vontade de lá ir :) Na novela Páginas da Vida falavam muito de Amesterdão e a tua descrição é muito idêntica aos comentários deles. Bjocas

Mafalda disse...

obrigada! :) mas aquela casa barco em que a Nanda vivia, acho que era mesmo uma versão romanceada da coisa, porque as que vi e a que entrei, não me deixaram com muita vontade de viver numa! lol
beijinhos*