quinta-feira, julho 07, 2016

Já fizeram meditação?


Experimentei pela primeira vez no domingo passado e confesso, foi uma agradável surpresa.
Até porque sou daquele tipo de pessoas que acha que estas coisas de meditar, estar quieta num sítio durante uma hora e de olhos fechados não é (era) para mim. Enganei-me. Cuspi para o ar.
Não fui contrafeita mas céptica, desafiada por uma amiga que já anda nisto há algum tempo e que me dizia maravilhas. Atrevi-me a experimentar. Cheguei mesmo a dizer-lhe, uns dias antes, que provavelmente ia desatar-me a rir, ou abrir os olhos durante a sessão e começar a fazer-lhe caretas, perante o medo dela de que se calhar não tinha feito bem em convidar-me a experimentar.
A verdade é que resolvi fazer tudo direitinho, mesmo que na minha cabeça estivesse convencida, até começar, de que não ia conseguir fazer nada, porque este conceito do "meditar" sempre me pareceu difuso e pouco coerente e, para mim, não fazia muito sentido. 
Mas fiz tudo, consegui seguir todos os passos e mesmo aqueles em que "não vi nada" ou nenhuma mensagem me chegou e em que a minha mente deambulava no 'vazio', esforcei-me por me concentrar.
O que me deixou mesmo surpresa foi a reacção do meu corpo à meditação. Tive uma descarga emocional tão grande, mas tão grande, que chorei praticamente a sessão inteira. Ao ponto de não me conseguir controlar, de fungar descontroladamente e de pensar: "mas estás parva Mafalda?", "Controla-te rapariga" e nada, o meu corpo não me obedecia. E eu ali, a seguir os passos da orientadora e a fungar e a pensar ao mesmo tempo que não tinha nenhum lenço de papel para me auxiliar, que as outras pessoas deviam de estar a ficar incomodadas com os meus ruídos, que devia de ser a única naqueles preparos... (sim, esta minha mente não para!)
No final foi-nos pedido que partilhássemos um pouco da experiência com as restantes pessoas presentes e qual não foi o meu espanto quando houve mais experiências como a minha, onde também assumiram que choraram imenso, que lavaram a alma. 
Saí de lá calma e tranquila, satisfeita até, por ter corrido tão bem. O tema da sessão era propício a isso: o amor e a família.

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