O casamento da R. foi este Sábado. Ela ia linda e eu emocionei-me ao vê-la. Já passámos por tanta coisa juntas que agora, vê-la assim, tão ‘crescida’ e mulher, me fez recordar todos os momentos, todas as cumplicidades, confissões, angústias, conversas, partilhas e momentos que tivemos e vivemos. Lembro-me de estarmos as duas em Alpalhão, debaixo de um céu estrelado, sentadas cá fora em cadeiras de campismo, enroladas em mantas e a falar sobre os desaires amorosos. Lembro-me de estarmos em Sevilha, a experimentar vestidos aos folhos e coloridos no El Corte Inglés, dos passeios de bicicleta à beira rio, de dançarmos divertidas na Féria, das noites de flamenco na Carboneria, dos jantares na casa da Cármen e do Paco, de dormir na sua cama apertadinha e no seu quarto do Cacém. Lembro-me das discussões em plena rua, ou de quando ela chegava mais de duas horas atrasada a um encontro, deixando-me furiosa. Lembro-me da sua espontaneidade, da sua leveza, da forma como sonha acordada. Lembro-me de tudo e tenho medo que o tempo me apague a memória como já o fez com tantas outras coisas.
A R. vai para longe, mas espero que nos leve no coração, bem guardados, a todos.
A R. vai para longe, mas espero que nos leve no coração, bem guardados, a todos.
Porque ela ficará sempre no meu.
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