terça-feira, junho 28, 2016

E de repente, já vais para o terceiro ano!

Chegou finalmente ao fim mais um ano lectivo. A minha mais velha transita para o terceiro ano  e eu ainda nem acredito bem que esta miúda, quase com 8 anos e gigante que está, caminha a passos largos para ser cada vez mais autónoma. Este segundo ano foi de desafios e nem sempre foi fácil. Teve de se dedicar mais à escola e aos estudos, algo que ainda lhe custa, pois na cabeça dela escola é sinónimo de convívio com os amigos e brincadeiras e esta coisa de agora ter responsabilidades e estudar para testes é algo que ainda sai um pouco a 'ferros'. 
Noto nela uma certa imaturidade em relação aos estudos, uma preguiça e pouca vontade. A Madalena não é a típica menina (como eu era, por exemplo) que gosta de estar sentada e atenta a aprender. Ela dispersa-se com as mais variadas coisas e, para ela, aprender deve ser algo natural e que lhe desperte a atenção, não algo imposto. 
Muitas vezes dá as mais variadas desculpas para não ter de estudar, fazer trabalhos ou aplicar-se. Fica irritada e frustrada quando 'tem mesmo de ser', mas faz parte da natureza dela e temos de saber contornar isso da melhor forma.
Mesmo assim e com todas estas condicionantes que sei existirem e que são igualmente assinaladas pela escola, a minha filha passou para o terceiro ano com boas notas que variam entre o Satisfaz + e o Muito Bom, tendo igualmente passado nos exames complementares de inglês que colégio faz com "A", ou seja, excelente.
Foi este o resultado de avaliação que me foi entregue após a reunião que decorreu ontem na escola.
Educar uma criança, motivá-la, dar-lhe bases, reforçar, não desistir - mesmo quando estamos frustradíssimas e parece que não nos ouvem ou querem saber - é um trabalho em contínuo. Tem dias que custa muito, em que parece que o nosso esforço nunca é suficiente, em que nos sentimos perdidas ou com vontade de chorar, mas depois tem outros em que rebentamos de orgulho.
Afinal, ser uma mãe chata 'p'ra chuchu', compensa! 
Agora é respirar fundo, deixá-la gozar as férias, descomprimir, brincar muito, sabendo que a partir de Setembro os desafios que a esperam serão cada vez maiores. 

Mas até lá, parabéns boneca!

4 comentários:

Tita disse...

As nossas meninas são muito parecidas.... A escola é muito fixe mas a parte de estudar..... é nestes aspetos que se vê a imaturidade das crianças condicionais...
Ainda hoje não sei se fiz bem em ter permitido que a Maria entrasse na escola com 5 anos. A aprendizagem dos conteúdos é feito sem problemas mas o resto.... trabalhar fora da escola é bem mais difícil. E as solicitações que elas têm também são diferentes das que nós tínhamos, embora eu não me lembre de alguma vez ter estudado no 1º ciclo...

bjs grandes

Rita

Mafalda disse...

Tita, sabes que ontem abordei essa questão com a professora e a psicóloga da escola e ambas me disseram que fiz bem em deixá-la entrar com 5 anos, que o ficar "retida" mais um ano no pré-escolar não seria a opção mais positiva. Porque eu tive exactamente a mesma dúvida e questão ao longo deste segundo ano, se ela teria maturidade para estar no segundo ano, se tinha feito bem. Nesse aspecto tranquilizaram-me e eu acredito que é apenas uma questão de concentração, de foco, do que propriamente de aprendizagem. Há crianças que necessitam de ser estimuladas de outra forma, eu ainda me encontro a descobrir qual a melhor para ela, até lá, é nunca cruzar os braços e insistir sempre. Colhemos os frutos da nossa dedicação mais tarde, não duvido nem por um segundo disso.
beijo grande*

Brandie disse...

Todas as pessoas falam da questão dos 5 anos, mas ninguém sabe o que está estudado. E os estudos não apontam diferenças ...

Tita disse...

Eu também não vejo dificuldades em termos de aprendizagem. A minha teve Muito Bom a tudo durante todo o ano. Mas ainda estão noutro patamar de desenvolvimento. É só isso...
A minha também não ganhava nada em permanecer na pré. Por isso tomei a decisão de a deixar entrar no 1º ciclo. Mas, como tu sabes sou professora e mesmo sem saber as datas de nascimento, facilmente reconheço numa turma os meninos que entraram na escola com 5 anos. Salvo excepções, claro, mas poucas... e esta diferença permanece ao longo de toda a escolaridade.
Temos nós que ter foco por elas e tentar incutir-lhes a vontade de querer mais.

Bjs grandes