...é um síndroma que possuo com frequência, confesso. Esta falta de confiança não nasceu comigo, foi-me incutida com o passar do tempo. E tal como uma doença que se vai desenvolvendo, foi crescendo e ganhando espaço dentro do peito. Por vezes está de tal forma expandida, que chega a sufocar. Desmoraliza-me o espírito, retira-me forças, tal e qual um cancro. (Falo sem conhecimento próprio, mas achei que remetendo a metáfora à doença, o assunto até ganhava outra projecção, que é como quem diz, maior amplitude.)
Depois... bom, depois há dias em que até consigo vencê-la e tal e qual uma guerreira de espada em punho, mas elástica, refundo-a para um dos muitos porões que existem no meu coração e lá a deixo trancada, até a caixa de Pandora decidir abrir-se outra vez.
É um tormento constante este efeito iô-iô da escrita. Ora dou por mim a dizer, 'até nem está nada mal', embevecida com as minhas próprias palavras e com devaneios de escritora, ora nem uma palavra me sai, empedernida que está e em plena montanha russa, perdida entre tantas outras no meu pensamento. Esta auto-flagelação constante teve hoje um dos seus expoentes máximos, além de ter sido posta à prova. Claro está que a auto-estima está balançada, pendendo mais para a parte, 'aquilo estava uma merda', do que para o egocêntrico, 'fiz um brilharete'. E quando assim é, quase que preciso que carreguem comigo ao cólo, me dêem muito mimo e palavras doces - só assim consigo recuperar parte da confiança e do optimismo.
Li recentemente que ao contrário do que se pensa, são os optimistas que possuem uma visão mais realista da vida e não os pessimistas, que supostamente estão sempre preparados para o pior. Pois eu sou uma pessimista em recuperação. Face aos acontecimentos dos últimos tempos aprendi a relativizar e a aceitar certas coisas que não consigo controlar. Se elas não vêm ao meu encontro, então é porque tem de ser assim. Não vale a pena atormentar-me, até porque como diz a Caty, 'um cenário nunca é tão bom quanto se pensa, nem tão mau quanto se pinta'.
Li recentemente que ao contrário do que se pensa, são os optimistas que possuem uma visão mais realista da vida e não os pessimistas, que supostamente estão sempre preparados para o pior. Pois eu sou uma pessimista em recuperação. Face aos acontecimentos dos últimos tempos aprendi a relativizar e a aceitar certas coisas que não consigo controlar. Se elas não vêm ao meu encontro, então é porque tem de ser assim. Não vale a pena atormentar-me, até porque como diz a Caty, 'um cenário nunca é tão bom quanto se pensa, nem tão mau quanto se pinta'.
Segue-se dentro de dias a conclusão desta história, onde mais uma vez, o meu talento (ou falta dele) ortográfico será posto à prova. Numa coisa posso dar-me por satisfeita: falhada total não sou. Ao menos tento e força de vontade foi coisa que nunca me faltou.
Só depois tiro as minhas conclusões e descubro se continuo a estar verde, muito verde...
8 comentários:
Tens força de vontade e escreves mt bem, amiga. Quem não te aproveitar é parvo! Tenho dito. O que é preciso é não desistires!
beijinhos
;) * obrigada minha bisgóia! bjs
Olá mafa:
Não queiras ir por esse caminho,... escreves muito bem e sabes isso, não queiras esquecer.
Leva as tuas ideias pela frente, para te sentires feliz! Beijos da Salvaterra.
oohhh... que surpresa boa, um comentário teu aqui!!!! tenho saudadinhas tuas! sniff, sniff. obrigada pelas plavras amiga, bjs***
(e eu não me esqueci do nosso cafézinho, se não for ainda este mês, será em Setembro!) vamos mailando :)
querida, em tempos pensava tal e qual como tu, era uma pessimista nata. a vida já foi muito madrasta comigo, já me fez passar por coisas que só quando somos muito mais velhos é que passamos por elas... com isso aprendi a olhar o mundo de uma outra forma, bem mais optimista e acima de tudo a dar valor à minha pessoa. Não te deixes, NUNCA, ir a baixo, és uma pessoa muito bonita e que escreve MUITO BEM. acredita em ti, no teu coração, na tua criatividade, no teu jeito de mãos, na tua escrita! a seu tempo as portas vão abrir e aí vais perceber que tudo tem um sentido, que nada é por acaso. (se calhar há um significado qualquer para este teu tempo de espera. não sei! se calhar aquilo que te está reservado chega amanhã, sem teres feito nada por isso! qui çá?) pensamento positivo, querida, muito! pensa nas coisas boas da vida e valoriza-as ao máximo!
(desculpa este testamento, mas senti ....)
temos que marcar um café!
beijos saudosos, muitos
opá, opá... fizeste-me chorar!!!(adorei o teu testamento e como ando muito para o sensível, pronto..)
eu tambem acredito que tudo na vida tem um significado muito próprio e que este meu tempo de espera é fruto disso mesmo!
temos mesmo de marcar esse cadé! beijinho ggraaanndddee*
Eu já te disse o que pensava dessa parvoíce, mas "prontos"...
A tua sensibilidade é única e nota-se bem o sangue à flor da pele naquilo que aqui escreves. Mas, dúvidas existissem, tiravamos tudo a limpo aqui, neste teu canto. Não deixes que ninguém te faça faça duvidar do teu talento para as palavras, para a fotografia, para os trabalhos manuais. Isso, tudo junto, é muito mais do que 99% das pessoas têm.
Beijos!
parvoíce ou não, às vezes sou como aquela letra que tu e eu tão bem conhecemos... 'e por alguns instantes, sou pequenina e também gigante'... como qualquer mulher cheia de dúvidas, inseguranças e incertezas que se preze! ;)
Obrigada pelas tuas palavras Bicho. Vindo de uma pessoa que considero que que escreve como ninguém, significam muito para mim. Sim...eu não me canso de repetir o mesmo, então é porque é mesmo verdade! ;) *
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