quinta-feira, junho 11, 2015

No tempo das cesarianas

Quem viu a reportagem "No tempo das cesarianas" que passou ontem no jornal da noite da SIC? Eu vi e confesso que, independentemente de achar que uma cesariana só deverá ser feita quando há risco clínico para a mãe ou o bebé, não condeno quem a escolhe, nem considero menos mãe quem a faz. Não é isso que define uma mãe, não é o seu tipo de parto ou se amamenta o filho com aleitamento materno em exclusivo ou não. Tive a minha primeira filha de parto natural e assim espero ter o segundo, mas isso não invalida que tenha medo de como o meu corpo irá reagir, da dor ou de como considero o parto uma coisa quase medieval e que preferia não ter de passar por isso, mas se o meu corpo e este bebé que carrego no ventre o permitirem irei fazê-lo e não, nem é por uma questão altruísta ou para bater no peito orgulhosamente a bandeira do "eu tive um parto natural, sofri na pele o que é parir um filho". Mas pronto, meti-me nisto, soube fazê-lo, vamos lá pari-lo! Se, face a isto, houver condicionantes que não me permitam tê-lo de forma natural e que a situação evolua para uma cesariana, então sim, 'bora lá'. Porque, para mim, esse é que é o propósito de uma cesariana - salvar vidas - evitar riscos desnecessários. 
Acho sim, que há interesses económicos que levam a que o aumento dos números de cesarianas seja brutal de há uns anos para cá e faz-me confusão que haja hospitais que não deixem o pai assistir a uma cesariana ou que não metam a criança em contacto com a mãe - pele com pele - nos momentos imediatamente a seguir, ou deixem o pai privar com um filho acabado de nascer, como se vê a determinado momento nesta reportagem. 
Um trabalho jornalístico muito interessante em que sempre que via um bebé a nascer, seja por parto natural ou cesariana, chorei baba e ranho.

As hormonas da gravidez têm destas coisas.

(Bem tentei encontrar o vídeo da reportagem disponível na net ou no youtube para colocar aqui mas ainda não está disponível em lado nenhum. Mais uns dias e aposto que já será possível, até lá, quem não viu poderá carregar no link acima para ter acesso à reportagem completa. Vale bem a pena!)

1 comentário:

tostamista disse...

Eu vi a reportagem hoje e também chorei sempre que se via um bebé a nascer. Estou grávida de 34 semanas. As hormonas... :)