quarta-feira, março 08, 2006

Aos pedaços


















. No dia Internacional da Mulher acordei cedo mas fiquei por casa. Ao olhar pela janela não tive qualquer desejo de sair do ninho. 'Que bem que se está por aqui' - penso. O que vale é que estes pequenos prazeres têm o dom de me deixar feliz.
. Estas pequenas férias estão a passar por mim a uma velocidade demasiado veloz que não me permite degustar o tempo como queria. E hoje já é quarta-feira.
. Hoje, para dar uma de fútil, vou ao cabeleireiro arranjar o cabelo. Nada como estar em casa e sair para me ir pôr bonita! É um bom argumento, não é?
. Criei uma nova colecção de pregadeiras inspiradas novamente em outros tempos, mas com a influência do preto e das pérolas, talvez inspirada pela Isabelinha, que me pediu uma assim. Decidi chamá-las de 'Elegance' à semelhança da sua pessoa. Esta, como sempre, está ao preço das outras. 7€. Anyone?


"A cidade constituía o pretexto manifesto para que Bela, tal como uma criatura aquática, suplicasse por ondas salgadas, desejo impossível de satisfazer num lago de águas estagnadas."


'Bela', de Cristina Silva. O livro que me encontro a ler, apaixonou-me à mesma velocidade de uma estrela cadente. Sempre achei os poemas, a história de Florbela Espanca fascinante. Sou como há semelhança de muitas, uma fervorosa companheira da sua alma. Foram eles que me despertaram o gosto, ainda na adolescência, para a poesia. Através das palavras sofridas e polidas desta mulher, decifrei e descobri sentimentos, tomei-as como minhas. Ler a sua história é compreendê-la por dentro, vê-la como novos olhos. Um pequeno tributo, que hoje mais do que nunca, faz todo o sentido.

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