quarta-feira, março 29, 2006

à noitinha


















A noite exerce em mim um fascínio mais profundo do que o dia. Diz o ditado popular que 'à noite todos os gatos são pardos' e eu geralmente, sinto-me um eles. É quando a noite cai que o silêncio se instala, que a cidade acalma, que o ceú muda de cor e adquire brilho, que regresso a casa, que acalmo o meu ritmo e me entretenho com outras coisas, outro mundo. É pela noite que consigo sentar-me ao computador e escrever algumas coisas, ajustando linhas e frases a uma folha em branco, teclando novamente, tal como durante o dia, mas sem vínculos de temas propostos. É à noite que sou livre para criar, entre agulhas e linhas, experimentando enquanto se cose uma vida cheia de ilusões. É à noite que me encontro, entre amigos e lugares, entre conversas e sorrisos que alimentam a minha existência. É a noite que te traz de volta depois de um dia inteiro da tua ausência. É à noite que sonho, enrolada entre o aconchego de um livro que me transporta a outras vivências.
E é à noite que espreito, sorrateiramente, enquanto todos os outros me ignoram.
E gosto.


Nova colecção - pregadeiras em rosetas de tecido franzido - 7€.

1 comentário:

Mafalda disse...

tens toda a razão menina! esqueci-me por completo dos teus pedidos! mil desculpas! ainda as queres, mesmo sendo em lã?