terça-feira, junho 17, 2008

sex in the city

Ontem fomos ver o tão aguardado e desejado filme 'Sex in the City' e eu, que sempre fui uma admiradora assumidíssima da série, saí de lá com um sério amargo de boca. Para mim, o filme foi incongruente para com a série, não lhe fazendo justiça e trespassando aquela realidade - já de si pouco real - para um universo ainda mais inalcançável e intransponível, que leva as comuns das mortais a sonhar sim, mas a identificarem-se cada vez menos com os personagens.
De repente a Carrie é estupidamente rica. Como? Pois que não sei, pelos vistos devido aos 3 livros que já vendeu e à colaboração com a revista Vogue... tem dinheiro para comprar malas da Chanel e da Louis Vuitton como quem vai à feira de Carcavelos, remodela o apartamento todo, contrata uma assistente pessoal... enfim, e depois, havia partes que eu achei realmente monótonas, outras em que tive a sensação de que por ser filme, tinham de meter lá tudo mas que no fim, espremido, dáva pouco sumo, e terceiro - aquela que mais me 'chocou' a retina - foi mesmo o desfilar de marcas de griffe das grandes casas da alta costura, numa publicidade descarada aos mais diversos 'patrocinadores' do filme... de Dior, à Macintosh estava lá tudo.
Claro, eu compreendo que uma série e agora um filme, como o Sexo e a Cidade, é a oportunidade perfeita para todos os costureiros desfilarem as suas melhores peças e a Sarah Jessica Parker, de parva teve pouco, quando exigiu que no seu contrato estivesse a claúsula que lhe permitia ficar com todas as roupas que vestiu nas cenas (quem não quereria?) Mas mesmo assim, achei abusivo ver malas da Escada da colecção de Primavera-Verão na Miranda, como quem vê um cesto de praia, ou o jipe da Mercedes que a Samantha guiava, que ainda nem foi lançado no mercado, ou até, o iphone, assim, à descarada, para ser o telemóvel da 'chamada' no dia do casamento... O filme tornou-se uma elite dentro de uma série de culto e no meio de uma história que nem mexeu muito comigo, acho que foi mesmo essa parte que eu não suportei.
Mas pronto, confesso que também eu me perderia por aquele maravilhoso vestido de casamento da Vivienne Westwood... era 'so, so, me'....

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