above the clouds

As aulas de body balance têm o poder de me relaxar imenso. Não sei se são os movimentos de tai-chi, se é dos exercícios de pilates, dos alongamentos, da música, mas cada vez que vou e faço uma aula, sinto que aquele tempo é só meu e quase que consigo 'voar', sair de mim.

Estava precisada, apesar de este aperto no peito, o motivo que me levou hoje a dizer 'vou' e a não adiar outra ida ao ginásio, persistir.

Ontem, devido a esta bela estação que é a Primavera, fiquei com uma alergia na vista que me durou até ao dia de hoje (e ao presente momento). A minha rinite alérgica não me dá tréguas e desconfio que os gatos também não ajudam. Às vezes, basta a Magali 'pavonear-se' perto de mim ou roçar a sua cauda no meu nariz para eu ficar atacadíssima. Não tenho tendência a espirrar, mas fico cheia de comichões e com 'pingo' (sim, eu sei que referir isto assim soa um pouco mal), mas é a verdade e há que ser dita. Os olhos também se ressentem, começo com comichão, ficam inflamadíssimos porque começo a esfregá-los e no final parecem duas bolas de Berlim de tão inchados que ficam. Ontem, antes de ir para a cama, tive de os lavar várias vezes com água fria, ou então borrifo-os com o meu produto de beleza nº1 - a água termal da Avénne - (que eu simplesmente adoro), ou coloco compressas de chá frio e alivia um bocadinho. Mas ontem, apesar do alívio, a noite de sono não foi suficiente para acalmar a irritação e hoje de manhã, acordei com os olhos raiados a vermelho que mais parecia que tinha passado a noite a fumar charros! Mas pronto, lá fui assim para o trabalho e ninguém comentou. Agora estou melhor, mas os comichões perduram e eu tento controlar-me para não colocar as 'manápulas' nas órbitas.

Ando a ver se convenço o Gaspar a deixar um péssimo hábito que tem: mamar na ponta da sua própria cauda. Quando está enroscadinho ao nosso cólo, ou se sente confortado e se encontra no auge do seu 'ronronar', procura a cauda e mama nela sofregamente, como se fosse uma criança a mamar no dedo, ou na chucha. Fica horas naquilo! Depois, das duas uma, ou adormece de cansaço, ou acaba por parar, ficando com a ponta da cauda toda molhada e completamente embebida em tanta baba. Aos poucos fui tentando 'esconder-lhe' a cauda quando ele está ao nosso colo e a começa a procurar. Meto a mão a tapá-la, 'entálo-a' no meu braço, enfim, os truques são vários e ele depois de umas quantas voltas sobre si mesmo, à procura da sua 'auto-chucha', acaba por desistir e adormece com o pescoço apoiado no nosso colo e todo esticado que mais parece um coelho. Continua a fazer muitas asneiras. Por exemplo: comprei no Verão passado um aparelho de abdominais, daqueles de chão, simples e transportáveis, que têm um apoio para a cabeça em espuma e tenho-o no chão do escritório, porque não tenho outro sítio onde o pôr. Comprei também na altura um tapete de espuma para colocar no chão sempre que me dedicasse ao exercício físico. Verdade seja dita que foram poucas as vezes que o fiz e, o dito aparelho, tem passado mais tempo encostado a um canto, do que propriamente a ser utilizado. (tipical) Então, o senhor Gaspar provavelmente achou que aquilo ali também era um impecilho e que aquela cabeceira em espuma pedia era uma boa dentada e enquanto não a esventrou toda, não descansou. Resultado: pedaços de espuma por todo o chão do escritório e divisões adjacentes. O tapete também não se ficou a rir, não pensem. Mandei-o hoje para o lixo, porque os dentes do Gaspar estavam marcados por toda a parte, além de haver pedaços de espuma vermelha até no quarto... este fds quero ver se mando o dito aparelho de abdominais para o lixo. Não satisfeito com a sua façanha de destruição 'maciça', o Gaspar hoje descobriu o cesto, que também está no escritório, com papéis de embrulho! Resultado? Pois, esse mesmo... pedacinhos de papel de embrulho por todo o lado... até no quarto! ;)